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24 abril, 2024

CEO Global da Taurus recebe homenagem da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN)


*LRCA Defense Consulting - 24/04/2024

Nesta quarta-feira (24), a Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) celebra seus 213 anos de existência em Resende, no Rio de Janeiro. Durante a cerimônia de formatura geral dos militares, que faz parte da programação de atividades comemorativas, o CEO Global da Taurus, Salesio Nuhs, recebeu homenagem pelo apoio à instituição. 

Na oportunidade, Salesio Nuhs recebeu das mãos do Comandante da Academia, General de Brigada Marcus Vinicius Gomes Bonifacio, o diploma “Amigo da AMAN”, honraria entregue às pessoas que prestam apoio e serviços relevantes, assim como contribuem sobremaneira para formação dos cadetes.

“Hoje é um dia especial por estarmos celebrando os 213 anos desta importante instituição. E, particularmente, me sinto honrado por receber essa tão significativa homenagem, o diploma ‘Amigo da AMAN’. Como gestor de uma empresa parceira e fornecedora de equipamentos as Forças Armadas, é um orgulho poder contribuir com esta Academia, que há mais de 200 anos se dedica a formação dos futuros oficiais do país. Agradeço ao Comandante General de Brigada Marcus Vinicius Gomes Bonifacio e aos integrantes da AMAN pelo reconhecimento. Parabenizo a todos que fizeram e fazem parte da história desta instituição pelos serviços prestados e pela trajetória de defesa do nosso país. Que a parceria de sempre com a Taurus perdure por muito mais anos”, diz Salesio Nuhs, CEO Global da Taurus.

A relação do CEO Global da Taurus com a AMAN data de muitos anos. A Taurus, Empresa Estratégica de Defesa, integrante da Base Industrial de Defesa (BID) brasileira e uma das principais fabricantes de armas do mundo, fornece aos mercados militar, policial e civil um completo portfólio de produtos composto por revólveres, pistolas, armas táticas e armas longas esportivas, com tecnologia de ponta e pioneirismo. 

A empresa participa constantemente de eventos da Academia, como a Semana do Material Bélico, no qual, além de expositora, contribui com apoio, suporte técnico e disponibiliza armas para os militares utilizarem em competição de tiro, assim como premiação de pistolas da marca aos primeiros colocados. 

A Taurus, junto com a Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC), também foi parceira na construção do novo Pavilhão de Instrução de Armamento da AMAN, em Resende, no Rio de Janeiro, inaugurado em 2021. As empresas contribuíram com a reforma de duas salas de instrução, equipamentos, armas ativas e seccionadas, assim como munições inertes destinadas aos cursos ministrados no local.

Brasil busca sistema EMADS da MBDA para programa estratégico de defesa aérea


*Army Recognition - 24/04/2024

Em 18 de abril de 2024, o meio de comunicação espanhol Infodefensa anunciou que a MBDA, empresa europeia de defesa, respondeu a uma licitação lançada pelo Exército Brasileiro para o sistema Enhanced Modular Air Defense Solutions (EMADS) como parte do programa estratégico de defesa aérea do Exército.

Nos últimos anos, o Exército Brasileiro tem manifestado a intenção de fortalecer suas capacidades de defesa aérea, considerando a aquisição de um novo sistema de defesa aérea de médio alcance. Atualmente equipado com sistemas como os veículos Gepard e mísseis Igla e RBS 70 NG, o exército lançou vários concursos para avaliar as capacidades de abastecimento, nomeadamente através do RFQ n.º 01/2023 anunciado em novembro de 2022 no âmbito do Programa Estratégico de Defesa Aérea ( Prg EE DAAe). Em 9 de novembro de 2023, publicou o documento EB70-RO-10.001, definindo os requisitos operacionais para um futuro sistema de defesa de médio alcance, destacando a necessidade de integração com os atuais sistemas de comando, controle e vigilância aeroespacial. Embora propostas específicas permaneçam confidenciais, sistemas como a família de mísseis modulares antiaéreos comuns (CAMM) poderiam ser considerados, refletindo uma potencial colaboração com empresas como a IAI ou a MBDA.

EMADS, um acrônimo para Enhanced Modular Air Defense Solutions, é um sistema de defesa aérea modular e de rápida implantação, projetado para proteger pontos estratégicos e áreas que abrigam ativos de alto valor, sejam móveis ou estacionários. Este sistema para todas as condições climáticas protege uma ampla gama de ameaças aéreas convencionais e complexas, incluindo ameaças dependentes do terreno de baixa e alta altitude. O EMADS utiliza a família Common Anti-Air Modular Missile (CAMM), adaptada tanto para ambientes terrestres como marítimos. Com a integração de tecnologias avançadas, o sistema oferece proteção abrangente contra todas as ameaças aéreas conhecidas e previstas.

OCAMMA família de mísseis inclui diversas variantes, como o CAMM-ER (Extended Range) baseado no mar e o Land Ceptor baseado em terra. O CAMM-ER foi projetado para ser lançado a partir de navios militares, enquanto o Land Ceptor é destinado a sistemas de defesa aérea terrestre.

O sistema de defesa aérea Land Ceptor baseado em CAMM está em serviço no Exército Britânico desde 2018. O sistema foi adquirido sob um contrato concedido à MBDA em 2014, que cobriu o desenvolvimento, produção e integração do Land Ceptor no ar do exército. estrutura de defesa.

A Polônia também selecionou o sistema de defesa aérea CAMM pelas suas capacidades de defesa aérea nacional. Em 2018, o Ministério da Defesa polaco assinou um contrato com a MBDA para a aquisição do sistema de defesa aérea baseado em CAMM, que será entregue como parte do programa Wisła.

Os mísseis CAMM são projetados para serem altamente manobráveis, usando tecnologia de vetorização de empuxo para fornecer maior agilidade e precisão. Eles também são equipados com buscadores ativos de radar, permitindo-lhes detectar e rastrear alvos mesmo em ambientes desordenados.

No geral, os mísseis CAMM são considerados sistemas de defesa aérea altamente eficazes, proporcionando proteção eficaz contra uma série de ameaças aéreas em vários ambientes operacionais.

O sistema de defesa aérea CAMM (Common Anti-Air Modular Missile) utiliza o míssil CAMM, uma família de mísseis desenvolvida pela MBDA. OCAMMA família de mísseis inclui diversas variantes, como o CAMM-ER (Extended Range) baseado no mar e o Land Ceptor baseado em terra.

O míssil CAMM é um míssil altamente manobrável, que utiliza tecnologia de orientação de vetorização de empuxo para oferecer maior agilidade e precisão. Ele é equipado com buscadores ativos de radar, permitindo detectar e rastrear alvos mesmo em ambientes desordenados. O míssil também possui um link de dados bidirecional, permitindo receber informações atualizadas do alvo durante o voo.

A variante Land Ceptor do míssil CAMM usado no sistema de defesa aérea do Exército Britânico tem um alcance de até 25 km e pode atingir alvos em altitudes de até 8 km. O míssil é transportado em um lançador capaz de conter oito mísseis por vez. O lançador é integrado a um sistema de controle de tiro, proporcionando aquisição de alvos e capacidade de engajamento.

WEG e Nexa firmam parceria para reutilização de resíduo de mineração no desenvolvimento de tintas líquidas anticorrosivas


*LRCA Defense Consulting - 24/04/2024

A WEG firmou parceria com a Nexa, uma das maiores produtoras de zinco do mundo, para o desenvolvimento de tintas líquidas anticorrosivas com adição da jarosita, resíduo derivado da metalurgia de zinco.

A nova solução terá como foco superfícies de aço de carbono e ferro fundido e deverá ter capacidade de conceder efeito protetivo, reduzindo o uso de matérias primas convencionais e promovendo a economia circular na indústria. Os primeiros resultados do projeto e estudos iniciais apontam que a tinta tem alta compatibilidade com resinas epóxi, alquídicas e acrílicas com ação eficaz contra corrosão.  

A parceria entre as duas empresas terá a duração de três anos, e conta com um investimento de R$ 4 milhões de reais, captados junto à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) – agência pública para promoção do fomento à Ciência, Tecnologia e Inovação. O objetivo é que por meio desta iniciativa sejam desenvolvidas soluções inovadoras, somando a expertise da WEG em tintas e a Nexa em beneficiamento de resíduos de mineração e metalurgia.

“A WEG promove parcerias tecnológicas por meio da inovação aberta para acelerar o desenvolvimento e assim gerar soluções inovadoras, como neste caso em que se estuda o desenvolvimento de um revestimento que possa aproveitar o potencial anticorrosivo da jarosita que é um minério gerado no processo de beneficiamento do zinco.”, cita Rafael Torezan, Diretor Superintendente da WEG Tintas. “Esta importante iniciativa com a NEXA comprova o comprometimento da WEG no desenvolvimento de soluções inovadoras e sustentáveis", complementa.
 
O uso da jarosita como pigmento surgiu na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com o apoio do professor Fernando Cotting, que promoveu os testes iniciais e apresentou a viabilidade de desenvolvimento da tinta.  
 
"A transformação da mineração e metalurgia para um caminho sustentável é possível e projetos como este demonstram isto. A economia circular é a melhor alternativa para os resíduos dispostos e a plataforma Mining Lab da Nexa fomenta e torna viável este tipo de desenvolvimento, alinhado às melhores práticas ESG. A parceria com a WEG acelera ainda mais, promovendo o desenvolvimento entre fornecedor e cliente e o projeto já nasce com uma cadeia bem definida”, afirma Caio Van Deursen, gerente de inovação da Nexa.  
 
Com a permanência do fornecimento de jarosita, a Nexa diminuirá os níveis de resíduos minerais da unidade de Juiz de Fora e continuará com a sua agenda de economia circular, descarbonização, legado positivo, produtividade e segurança, que fazem parte da estratégia ESG da companhia.  
 
Sobre a Nexa 
A Nexa Resources é uma das maiores mineradoras de zinco do mundo, além de produzir cobre e chumbo. Atua há mais de 65 anos nos segmentos de mineração e metalurgia, com operações localizadas no Brasil e no Peru e escritório em Luxemburgo, fornecendo seus produtos para todos os continentes do mundo. Seus colaboradores atuam, todos os dias, focados na construção da mineração do futuro, para ser cada vez mais sustentável, inovadora e com as melhores práticas de segurança e respeito às pessoas e ao meio ambiente. Desde 2017, suas ações são negociadas na Bolsa de Valores de Nova York, sendo seu acionista majoritário a Votorantim S.A. 

Fabricante austríaca de motoredutores assume papel central no Grupo WEG e passa a se chamar WEG Gear Systems


*LRCA Defense Consulting - 24/04/2024

A Watt Drive Antriebstechnik, fabricante de motoredutores e soluções de acionamento para o setor industrial com sede em Markt Piesting, na Áustria, faz parte do Grupo WEG desde 2011. O grupo brasileiro é um dos maiores fabricantes de motores elétricos do mundo e expandiu significativamente sua atuação gama de produtos nos últimos anos, a fim de oferecer soluções integradas para todo o trem de força.

Isto também deu à Watt Drive um papel especial dentro do Grupo. Sob o novo nome WEG Gear Systems GmbH, o local será atualizado para um centro de competência em tecnologia de engrenagens e será responsável pelos negócios globais do Grupo para engrenagens e motoredutores com efeito imediato.

Klaus Sirrenberg, Diretor Geral da WEG Gear Systems, explica as vantagens da mudança de nome: “A nova razão social expressa de forma ainda mais clara a afiliação à nossa controladora WEG e aumenta ainda mais o reconhecimento da marca WEG também na Áustria. podemos aproveitar ainda melhor a presença global e a posição de liderança de mercado da nossa empresa-mãe para expandir ainda mais a nossa posição como fornecedor de soluções de acionamento e especialista em tecnologia de engrenagens em todo o mundo.”

23 abril, 2024

Os "miguelitos" estão na guerra na Ucrânia... e causam estragos


*Army Recognition - 16/04/2024

Os russos enfrentam uma nova ameaça atrás da linha de frente: obstáculos de metal que estouram os pneus, chamados estrepes (apelidados de "miguelitos" no Brasil e na América Espanhola; nesta, são também conhecidos por "abrojos"), lançados por drones ucranianos. É uma nova utilização engenhosa de uma arma muito antiga, que está a causar problemas à já sobrecarregada cadeia de abastecimento da Rússia, ao parar veículos para que possam ser atingidos por bombardeiros drones.

Os drones kamikaze FPV atingem regularmente veículos logísticos russos que transportam suprimentos para as tropas da linha de frente. A única maneira de levar munição, comida e outros suprimentos através da zona de perigo é colocá-los em vans UAZ-452 Bukhanka (“Pão”) e correr em alta velocidade. Operadores ucranianos publicam um fluxo constante de vídeos de FPVs atingindo Bukhankas em alta velocidade com piadas sobre pães queimados. Agora os motoristas do "Pão" precisam olhar para baixo e para cima.

Ferro irregular
Os drones ucranianos estão espalhando pelas estradas armas metálicas de quatro pontas, projetadas para que, em qualquer direção em que caiam, um ponto fique sempre para cima. O nome caltrop (em inglês) vem do latim (tribulus, para os antigos romanos) para 'caçador de calcanhar' (o nome moderno "caltrop" é derivado do inglês antigo calcatrippe - armadilha de calcanhar); os romanos também os chamavam de murex ferreus ou “ferro irregular”, mas eles são ainda mais antigos. Os estrepes podem ser datados de pelo menos 313 aC, quando o exército de Alexandre, o Grande, os usou contra a cavalaria persa.

Os estrepes romanos eram irregulares para que a ponta ficasse presa no casco do cavalo e fosse difícil de remover. Estrepes em várias formas foram usados ​​nas eras antiga e medieval e ainda estavam em uso no século XVIII.

No século 20, o estrepe voltou ao ataque aos pneus de borracha. Durante a Segunda Guerra Mundial, a OSS americana produziu estrepes em massa e os distribuiu aos combatentes da resistência na Europa. Mais simples e mais confiáveis ​​do que os explosivos, eles poderiam ser espalhados nas estradas para deter veículos alemães, seja como assédio ou como prelúdio de uma emboscada.

Os alemães também usaram estrepes na Segunda Guerra Mundial, que chamaram de ouriços ou pés de galinha, desenvolvendo uma versão que poderia ser lançada do ar em vasilhas. Uma lata poderia espalhar mil estrepes, e os alvos incluíam campos de aviação e também estradas. Os ouriços eram feitos de finas chapas de aço e pesavam cerca de 60g cada. Outras versões, muitas delas improvisadas, foram utilizadas na Guerra do Vietnã e em outros conflitos. O uso eficaz depende de colocá-los no caminho do inimigo em lugares onde eles não são esperados.

Estrepes da Era dos Drones
Drones que podem entregar cargas úteis com precisão são uma combinação óbvia para os estrepes. Uma empresa chinesa exibiu um drone lançador de estrepes em uma exposição militar em 2019.

Embora os ucranianos tenham passado por uma enxurrada de fabricação de estrepes em 2022, essas eram versões maiores que foram colocadas principalmente à mão. Eles não foram vistos muito até que recentemente surgiram fotos nas redes sociais.

As viagens de abastecimento russo são normalmente feitas à noite, quando há menos perigo de ataques de FPV, mas dirigindo em alta velocidade pode haver pouca chance de detectar estrepes na estrada. Um veículo que sofra uma explosão em alta velocidade pode perder o controle e bater. Mas é provável que muito pior aconteça.

Drones derrubam qualquer coisa, em qualquer lugar
Os ucranianos também usaram drones para lançar minas antitanque. Mas estas são mais pesadas, mais difíceis de obter e podem não funcionar de forma confiável.

Estrepes representam uma maneira simples e de baixo custo de parar um caminhão para que ele possa ser liquidado por um drone lançador de granadas. Os operadores ucranianos são líderes mundiais na demolição por drones, embora um caminhão possa ser um alvo mais difícil do que um tanque. Isso ocorre porque os tanques são invariavelmente carregados com munição, e uma granada através de uma escotilha aberta geralmente inicia um incêndio que leva à detonação, mas um caminhão pode precisar de várias tentativas para pegar fogo.

A tática de lançar estrepes a partir de drones, sem dúvida inspirará uma variedade de outras técnicas inovadoras. Os drones já podem colocar minas, sensores terrestres e até pequenos robôs. O único limite é a imaginação dos usuários.

22 abril, 2024

Parceiros de empresas brasileiras de Defesa, Índia e Arábia Saudita estão entre os cinco maiores investidores no setor


*LRCA Defense Consulting - 22/04/2024

As despesas militares mundiais aumentaram pelo nono ano consecutivo em 2023, atingindo um total de 2.443 bilhões de dólares. O aumento de 6,8 por cento em 2023 foi o aumento anual mais acentuado desde 2009 e empurrou os gastos globais para o nível mais alto já registrado pelo SIPRI - Instituto Internacional de Investigação para a Paz de Estocolmo, segundo dados divulgados hoje (22) pela entidade.

A carga militar mundial – definida como despesas militares em percentagem do produto interno bruto (PIB) global – aumentou para 2,3 por cento em 2023. A despesa militar média como percentagem das despesas governamentais aumentou 0,4 pontos percentuais, para 6,9 por cento em 2023 e o gasto militar mundial por pessoa foi o mais alto desde 1990, com US$ 306.

O aumento das despesas militares globais em 2023 pode ser atribuído principalmente à guerra em curso na Ucrânia e à escalada das tensões geopolíticas na Ásia, na Oceania e no Médio Oriente. As despesas militares aumentaram em todas as cinco regiões geográficas, com grandes aumentos de despesas registrados na Europa, Ásia e Oceania e no Médio Oriente.

Os Estados Unidos, a China, a Rússia, a Índia e a Arábia Saudita foram os cinco maiores investidores em Defesa, respectivamente.

Em virtude de a Índia e a Arábia Saudita serem parceiros do Brasil na área de Defesa, esta Consultoria procurou reunir dados sobre esses dois países no contexto dos gastos internacionais com Defesa.

Arábia Saudita
A Arábia Saudita foi classificada como o quinto maior investidor militar do mundo em 2023, depois dos EUA, China, Rússia e Índia, de acordo com o SIPRI. Juntos, estes países representaram 61 por cento dos gastos militares mundiais.

Os gastos da Arábia Saudita aumentaram 4,3%, para cerca de 75,8 mil milhões de dólares, ou 7,1% do seu PIB, em 2023.

A participação do Reino nos gastos militares mundiais atingiu 3,1% no ano passado. A sua despesa militar como percentagem da despesa governamental foi de 24 por cento, a mais elevada a nível mundial depois da Ucrânia assolada pelo conflito.

"A Arábia Saudita é o maior exportador mundial de petróleo bruto, e o crescimento dos seus gastos militares em 2023 foi parcialmente financiado devido ao aumento da procura de petróleo não russo e ao aumento dos preços do petróleo após a invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia", disse o relatório.

Embora os desafios de segurança regional estejam a impulsionar as despesas de defesa do Reino, as Forças Armadas Sauditas também embarcaram num programa de modernização nos últimos cinco anos que requer grandes investimentos".

A Arábia Saudita está desenvolvendo um programa similar ao da Índia, chamado de Vision 2030, por meio do qual quer nacionalizar 50% dos seus gastos com Defesa até o ano de 2030. Para isso, está fazendo um grande esforço para trazer empresas estrangeiras de Defesa para o Reino, principalmente via estabelecimento de joint ventures com transferência de tecnologia (ToT).

No contexto regional onde o país está inserido, as despesas no Oriente Médio aumentaram 9%, para cerca de 200 bilhões de dólares, tornando-a na região com a maior despesa militar em proporção do PIB no mundo, com 4,2%, seguida pela Europa (2,8%), África (1,9%), Ásia e Oceania (1,7%) e Américas (1,2%).

Índia
A Índia foi o quarto maior investidor militar a nível mundial em 2023, com 83,6 bilhões de dólares. Num contexto de tensões crescentes com a China e o Paquistão, as despesas indianas aumentaram 4,2% em relação a 2022 e 44% em relação a 2014, refletindo um aumento nos custos operacionais e de pessoal.

Os analistas do SIPRI observaram que 75% do desembolso de capital da Índia foi em equipamento produzido internamente, a percentagem histórica mais elevada, à medida que a Índia progredia no sentido do seu objetivo de se tornar autossuficiente no desenvolvimento e produção de armas, em virtude das diretrizes estratégicas do seu governo conhecidas como "Make in India" (Fazer na Índia) e  'Atmanirbhar Bharat' (Índia Autossuficiente).

O jornal indiano The Economic Times, no artigo "Defense sector poised to experience CAGR of 13 per cent from FY23 to FY30: Jefferies!" publicou uma interessante perspectiva sobre as despesas de defesa da Índia, que é abaixo reproduzida.

Prevê-se um crescimento duplo nas despesas internas com a defesa entre os AF24E-30E (anos fiscais de 2024 e 2030), num desenvolvimento projetado para moldar o panorama do setor da defesa da Índia .

De acordo com um relatório da Jefferies, com uma oportunidade de defesa interna estimada variando entre 100-120 bilhões de dólares durante os próximos 5-6 anos, o setor prevê uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) visível de 13 por cento da indústria entre o AF23 e o AF30.

Embora a Índia esteja entre os maiores gastadores em defesa a nível mundial, as suas despesas com defesa no ano civil de 2022 (CY22) ascenderam apenas a 10 por cento das dos Estados Unidos e a 27 por cento das da China. Apesar disso, as dimensões da costa e da área terrestre da Índia correspondem quase às dos EUA e da China, indicando o potencial substancial de crescimento e investimento no seu setor de defesa.

Espera-se que o foco na nacionalização seja um motor significativo, promovendo um crescimento de dois dígitos nas despesas internas com a defesa. Além disso, prevê-se que as oportunidades de defesa das exportações registrem uma CAGR louvável de 21 por cento do AF23 ao AF30, com as exportações de defesa da Índia a aumentarem 16 vezes do AF17 ao AF24E, atingindo 3 bilhões de dólares.

As projeções sugerem que este valor poderá ascender a 7 bilhões de dólares até ao AF30E, alinhando-se com a meta do governo de atingir 6 bilhões de dólares até ao AF29E.

No ano fiscal de 2023-24, as exportações de defesa da Índia aumentaram para um recorde de 21.083 milhões de rupias, marcando um aumento de 32,5 por cento em comparação com o valor do ano fiscal anterior de 15.920 milhões de rupias.

Estes dados, divulgados num comunicado de imprensa emitido pelo Ministério da Defesa na segunda-feira (22), sublinham uma trajetória de crescimento substancial nas exportações de defesa, que aumentaram 31 vezes na última década em comparação com 2013-14.

O desempenho robusto nas exportações de defesa pode ser atribuído aos esforços concentrados tanto do setor privado como das empresas do setor público de defesa (DPSU).

Principais empresas brasileiras de Defesa com interesses na Índia e na Arábia Saudita
A CBC está com uma fábrica pronta na Índia, em joint venture com a SSS Defence, só aguardando as últimas licenças governamentais. Na Arábia Saudita, a empresa está próxima de firmar uma joint venture para estabelecer produção local.

A Embraer, após vencer a licitação da Coreia do Sul para fornecer aeronaves de transporte, está em vias de fornecer 33 aeronaves C-390 Millennium para a Arábia Saudita, podendo estabelecer uma joint venture para produção local, além de ter firmado acordos relativos à aviação comercial e militar. Na Índia, a gigante brasileira participa de uma megalicitação de 40 a 80 aeronaves de transporte, onde o C-390 é um dos favoritos, haja vista sua característica multimissão e demais vantagens frente aos concorrentes.

A Mac Jee é uma grande exportadora de bombas, foguetes e munição de artilharia para o Oriente Médio, possuindo ainda uma unidade fabril de explosivos militares na Arábia Saudita em vias de conclusão.

A Taurus Armas iniciou as atividades produtivas de sua fábrica na Índia no mês passado, já venceu uma primeira licitação de submetralhadoras para o Exército Indiano e está participando das etapas finais da maior licitação de armas leves do mundo, por meio da qual esse país irá adquirir 425 mil fuzis CQB para suas forças armadas. Na Arábia Saudita, a empresa está em vias de firmar uma joint venture para a produção local de armas leves (pistolas, submetralhadoras e fuzis) para equipar as Forças Armadas Sauditas. 

Além disso, Índia e Brasil estão considerando um acordo governo a governo na modalidade quid pro quo (expressão latina que significa "tomar uma coisa por outra"), onde a Índia compraria a aeronave multimissão Embraer C-390 Millennium em troca de o Brasil adquirir algumas baterias do sistema de mísseis antiaéreos de média altitude Akash SAM.

Royal Air Maroc anuncia licitação para modernizar sua frota antiga com 200 novas aeronaves. Embraer pode ser uma opção


*Aero-News Journal - 22/04/2024

A Royal Air Maroc, a transportadora nacional de Marrocos, está preparada para um surto de crescimento significativo. A companhia aérea anunciou recentemente o lançamento de um concurso para adquirir impressionantes 200 novas aeronaves, quadruplicando o tamanho da sua frota atual. Esta ambiciosa medida reflete as aspirações da Royal Air Maroc de solidificar a sua posição como um importante interveniente na aviação africana. A notícia vem de uma parceria estratégica entre a Royal Air Maroc e o governo marroquino, anunciada em julho de 2023.

Este acordo envolveu uma injeção substancial de capital do governo para alimentar os planos de desenvolvimento da companhia aérea. A visão? Transformar a Royal Air Maroc numa força dominante até 2030. O CEO Abdelhamid Addou confirmou o lançamento do concurso em 18 de abril de 2024, marcando um marco significativo neste grande plano. Embora os detalhes específicos da licitação não tenham sido divulgados, a especulação da indústria sugere que ela abrangerá uma combinação de aeronaves de fuselagem estreita e de fuselagem larga. Esta combinação estratégica permitirá à Royal Air Maroc atender tanto rotas regionais de curta distância como voos internacionais de longa distância. A lógica por trás desta expansão agressiva é multifacetada. A Royal Air Maroc procura capitalizar a crescente procura de passageiros em África. A companhia aérea liga atualmente mais de 50 aeroportos africanos com a sua frota de apenas 52 aeronaves. Ao expandir significativamente o seu alcance, a Royal Air Maroc pretende tornar-se a transportadora preferida dos viajantes em todo o continente.

A Copa do Mundo de 2030, prevista para Marrocos, é outro fator que impulsiona esta estratégia de crescimento. O afluxo de turistas esperado para o evento desportivo global apresenta uma oportunidade lucrativa para a Royal Air Maroc. A frota expandida garantirá que a companhia aérea esteja bem equipada para lidar com o aumento no tráfego de passageiros. Este investimento substancial em novas aeronaves reflete não só a ambição da Royal Air Maroc, mas também o compromisso do governo marroquino com o sucesso da companhia aérea. A transportadora nacional desempenha um papel crucial no desenvolvimento econômico de Marrocos, promovendo o turismo e o comércio internacional. Ao reforçar as capacidades da Royal Air Maroc, o governo espera desbloquear um maior crescimento econômico para o país.

O processo de licitação provavelmente atrairá grandes fabricantes de aeronaves, tanto Boeing quanto Airbus, disputando uma fatia deste pedido substancial. A decisão final dependerá de fatores como preços, eficiência de combustível e necessidades específicas das rotas previstas pela Royal Air Maroc. Com o lançamento do concurso, os próximos meses serão cruciais para a Royal Air Maroc. À medida que a companhia aérea finaliza as suas escolhas de aeronaves e negocia os contratos, a indústria estará observando com grande interesse. Este ambicioso plano de expansão tem o potencial de remodelar o panorama da aviação africana, solidificando a posição da Royal Air Maroc como uma força importante nos próximos anos.
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Nota da LRCA: a Royal Air Maroc possui 04 aeronaves Embraer E-190 em sua frota de 52 aviões. A especulação da indústria de que o grande aumento da frota abrangerá uma combinação de aeronaves de fuselagem estreita e de fuselagem larga, permitindo à Royal Air Maroc atender tanto rotas regionais de curta distância como voos internacionais de longa distância, pode significar a inclusão de mais jatos Embraer na nova configuração da empresa.

21 abril, 2024

EUA: Guns & Ammo faz análise completa da Taurus GX4 Carry TORO 2024, e são só elogios


*Guns and Ammo, por James Tarr, com fotos de Mark Fingar - 10/04/2024

A Taurus anunciou a GX4 em 2021 e rapidamente seguiu com a GX4 TORO e a GX4XL TORO prontos para óptica alguns meses depois. A GX4 é uma microcompacta, com estrutura de polímero, de 9 mm, enquanto o modelo -XL aumentou a capacidade de 10 para 11 e 13 mais um cartucho. “TORO” é um acrônimo para “Taurus Optic Ready Option” e também uma referência à iconografia do “touro” em sua marca. Essas pistolas foram um grande sucesso para a Taurus.

Testei a GX4 quando ela foi lançada. O design e a qualidade de construção da GX4 pareciam superiores a todos as outras semiautomáticas Taurus que eu fotografei, e tão boas quanto (ou melhores) que qualquer 9mm subcompacta concorrente no mercado, embora com um preço mais baixo, começando em US$ 400 para o mais básico, configuração não pronta para óptica. Para uma empresa conhecida por suas pistolas de baixo custo, a GX4 manuseava e disparava como uma arma mais cara, o que foi uma revelação, e por que ganhou o prêmio Handgun of the Year do ano em 2022.

No início, submeti a GX4 a um mini teste de tortura. Depois de 325 tiros, minha amostra parecia praticamente nova por dentro e tão apertada quanto uma não disparada. Não tive nenhum problema de funcionamento, embora tenha conseguido quebrar a mira frontal. Não foi um teste de tortura exaustivo, mas foi o suficiente para me provar que esta subcompacta é tudo o que deveria ser e muito mais do que eu esperava.

Para 2024, é a GX4 Carry TORO
Desde então, a Taurus adicionou mais modelos e opções de cores à linha GX4. Para 2024, é a GX4 Carry TORO. Não faz muito tempo, os fabricantes lançavam, primeiro, modelos em tamanho real de uma nova pistola e, depois, lançavam versões compactas e outros calibres. Hoje, as armas ocultáveis ​​estão impulsionando o mercado. Fabricantes como a Taurus tendem a produzir armas menores primeiro e depois modelos maiores, que é o que temos aqui. Neste caso, “maior” ainda é compacta o suficiente para “transportar” – daí o nome do modelo.

A GX4 Carry TORO combina o cano e o ferrolho da GX4XL com uma estrutura de empunhadura estendida alimentada por carregadores de 15 cartuchos. A GX4 Carry tem um cano de aço inoxidável de 3,7 polegadas, 6,56 polegadas de comprimento e 5,16 polegadas de altura. Para efeito de comparação, a GX4 original tinha um cano de 3,06 polegadas e o punho mais curto aceitava carregadores de 10, 11 ou 13 cartuchos. Oficialmente, a pistola tem 1,08 polegadas de largura, mas devo salientar que a pistola tem apenas essa largura no lançamento do carregador (que é reversível). A moldura e o ferrolho têm apenas cerca de 0,9 polegadas de largura, tornando esta pistola plana e ocultável.

Impressões gerais
Esteticamente, a GX4 Carry parece boa; as proporções funcionam. Dois carregadores de 15 cartuchos são fornecidos com este modelo. Eles são de aço azulado e possuem orifícios de índice numerados na parte traseira, e no interior há seguidores amarelos de alta visibilidade. As bases não estão exatamente niveladas e têm uma pequena borda para ajudar a retirá-las, só para garantir.

Principalmente, o que torna as pistolas GX4 incríveis é oferecer um ótimo conjunto de recursos por um (menor) preço. O preço de varejo sugerido da SIG Sauer P365 XL é de US$ 600 e da Springfield Armory Hellcat Pro OSP é de US$ 649. A GX4 Carry custa de US$ 100 a US$ 150 menos, com recursos como acabamentos de alta qualidade: o corpo de aço inoxidável tem acabamento em carbono tipo diamante (DLC); a lâmina recebe acabamento em nitreto; e as peças internas de liga de aço são protegidas contra corrosão por um revestimento de Teflon ou níquel. O chassi dentro da estrutura de polímero, que inclui os trilhos, é um componente de aço inoxidável.

Embora eu ainda aja como se tivesse 12 anos, tenho idade suficiente para dizer: “Vocês, crianças, não têm ideia de como vocês são bons!”. Na minha época, os fabricantes de armas raramente tinham aço inoxidável disponível para trabalhar, então as armas geralmente eram construídas com peças de aço que eram azuladas e começavam a enferrujar se não fossem mantidas cobertas de óleo! Com a GX4, os materiais são tão duráveis ​​e resistentes à ferrugem quanto uma pistola pode ser.

O chassi de aço inoxidável dentro da estrutura de polímero não deve ser removível pelo consumidor. Claro, você pode ver através do recorte na parte traseira da moldura onde o número de série está gravado. A GX4 Carry é fabricada pela Taurus no Brasil, então você também encontrará o número de série repetido no cano e no ferrolho de acordo com as regulamentações internacionais.

O bloqueio na GX4 Carry foi excelente, muito melhor do que a pistola comum disparada por um atacante. Não houve nenhuma brincadeira com o encaixe do cano e uma quantidade quase imperceptível de movimento com o encaixe do deslizamento na moldura. O ferrolho girava suavemente com a mão, mesmo com a mola de recuo duplo envolvendo a haste-guia dentro da arma. Dito isto, todas as GX4 que usei pareciam a mesma.

Sistema de mira
A mira da GX4 Carry, assim como dos outros modelos GX4, é feita de aço. A mira frontal tem um ponto branco e a mira traseira é apenas serrilhada e preta. Essas miras utilitárias são perfeitamente aceitáveis, mas se você quiser trocá-las, a GX4 aceita miras com padrão Glock de reposição.

Por que uma traseira lisa em vez de pontos? No que diz respeito à mira de ferro, muitas vezes somos ensinados a focar na mira frontal ao mirar. Portanto, o único propósito da mira traseira é enquadrar a mira frontal. A mira traseira é como uma moldura de janela, você deve olhar através dela, não para ela. Pontos traseiros brilhantes – ou qualquer outra coisa que desvie seus olhos da visão frontal – não são o que você deseja.

Quanto à afirmação frequentemente repetida de que os fabricantes de armas recebem armas selecionadas manualmente para revisão, isso quase nunca é o caso – exceto quando um fabricante envia um protótipo de pré-produção antes de seu lançamento. Para provar meu caso, eu apontaria para a mira traseira da GX4 Carry enviado para Guns & Ammo para teste. Não estava centralizado no entalhe; em vez disso, estava um pouco para a direita. Isso não fez nenhuma diferença apreciável no ponto de impacto em até 7 jardas, e foi uma solução fácil com um empurrador de mira. Porém, a GX4 Carry inclui um ferrolho com corte TORO.

A primeira GX4 antecedeu a TORO em alguns meses, o que significa que elas não tinham disposições para uma óptica no ferrolho. Os modelos subsequentes em 2022 mudaram isso, e todos os modelos GX4 Carry têm o recurso TORO. Remova a placa de aço e você verá que o ferrolho é perfurado e rosqueado para aceitar a montagem direta de óptica com a pegada Holosun da série K. Para ilustrar isto, foi instalado um Holosun EPS Carry. Uma lanterna de pistola também pode ser adicionada ao trilho Picatinny de três slots. Se você deseja transportar a GX4 com ótica e lanterna acopladas, saiba que a GX4 Carry é o primeiro modelo GX4 com trilho de quadro. É claro que adicionar acessórios afeta a ocultabilidade e é de utilidade discutível em uma pistola de transporte compacta, mas é bom que os compradores tenham essa opção.

Controles
Conforme mencionado, a liberação do carregador de aço é reversível. A liberação deslizante é unilateral, pequena e de perfil baixo, mas funciona como liberação deslizante. Não é tão discreta que não possa ser trabalhada com o polegar. Em outros lugares, não há alavanca de desmontagem, que foi intencional para manter a pistola o mais fina possível. Para desmontar a GX4 Carry, você precisará de uma chave de fenda para girar o pino acima do gatilho.

O gatilho de polímero tem uma face plana moderna e no centro dela está a esperada alavanca de segurança. No que diz respeito à segurança, há também uma segurança passiva do atacante no ferrolho. O gatilho na amostra da G&A foi de até 6 libras. Ele exibiu um puxão curto com uma reinicialização menor que a média; era bastante normal para uma arma disparada por um atacante. A reinicialização do gatilho também foi imperceptível. Pessoalmente, parece claro para mim que, se você está redefinindo o gatilho de uma arma de porte, ainda não entendeu bem o conceito de tiro defensivo com arma de fogo; o objetivo é puxar o gatilho o mais rápido possível, mantendo todas as balas no centro do alvo. Se você consegue ouvir ou sentir a reinicialização, você não está atirando rápido.

Quando o tamanho importa
Várias empresas fabricam modelos de “transporte” de suas armas. Alguns combinam um punho de tamanho normal com um deslizamento curto – a G45, por exemplo – que é exatamente o oposto do que eu acho que uma arma de transporte deveria ser. As armas de “transporte” devem ser mais fáceis de transportar, o que significa punhos mais curtos que são mais fáceis de esconder, combinados com ferrolhos mais longos. A Taurus já oferece isso na GX4XL. A GX4 Carry adiciona uma estrutura de empunhadura mais longa, o que torna a GX4 Carry menos ocultável do que a série GX4, mas a Carry é mais fácil de atirar.

A GX4 original tinha dois backstraps (área do punho da pistola que entra em contato com a palma da mão do atirador, entre o polegar e o indicador, quando agarrada) intercambiáveis: Pequeno e Grande. A GX4 Carry vem com três backstraps, com o Médio instalado de fábrica. O Grande proporciona uma protuberância maior sob a palma da mão, aumentando a aderência e alterando o ângulo de aderência. Se você gosta do ângulo de aderência da Glock (como eu), esta é uma opção bem-vinda. O backstrap grande não oferece o ângulo de aderência agressivo de uma Glock, mas é próximo. O backstrap médio coloca sua mão firmemente no ângulo de aderência de uma 1911.

A moldagem por injeção de metal (MIM) é incrível. Há cerca de 10 anos, os fabricantes descobriram como produzir texturas à máquina que fossem tão agressivas quanto o pontilhado manual. Você já percebeu que quase nenhuma empresa oferece mais serviços de pontilhado ou texturização? As texturas de aderência modernas melhoraram tanto que a textura de aderência fina na estrutura da GX4 Carry não parece agressiva, mas parece uma lixa gasta sob sua mão. Não é muito agressivo, mas sua mão não deve escorregar quando molhada.

Há uma ranhura rasa para os dedos na tira frontal. A 2,3 polegadas da parte inferior do gatilho até a parte inferior do quadro, o punho é longo o suficiente. A menos que você consiga segurar uma bola de basquete, provavelmente conseguirá encaixar confortavelmente todos os dedos no punho desta pistola. O conforto e o controle foram dramaticamente melhorados.

Tudo sobre a aderência da GX4 parece bem pensado. Ergonomicamente, a GX4 Carry é um home run. Esteticamente, também é uma vitória sólida. A pistola tem cano baixo e aponta naturalmente. Na moldura, logo acima da frente do gatilho, você encontrará uma seção de texturização destinada a ajudar a manter o polegar da mão de apoio no lugar. A Taurus chama isso de “Pad de gerenciamento de recuo”.

O compartimento da GX4 Carry também é sutilmente alargado e levemente chanfrado. Esta pistola compacta recarregava tão suavemente e tão rápido quanto algumas pistolas de tamanho normal que testei. Isso não era algo que eu esperava.

Meu tempo no campo foi tranquilo. A GX4 Carry comeu todo tipo de ponta oca que eu alimentei, mas o mesmo aconteceu com todos os outros modelos GX4 que fotografei. Ao testar a primeira GX4, filmei junto com uma Ruger LCP. A Ruger é alojada no menos potente .380 ACP, mas a arma é menor e mais leve. Descobri que ela e a GX4 produziam recuo de feltro equivalente. Era atirável, mas nervosa. A GX4 Carry é uma arma diferente para atirar. Ela recuou mais suavemente e o raio de visão mais longo me levou ao alvo mais rápido ao usar mira de ferro. Foi muito divertido perfurar papel e derrubar placas de aço com ela.

O punho mais longo ajuda a GX4 Carry a disparar como uma pistola de tamanho normal. Ainda assim, é ocultável com o coldre, cinto e capa certos. Não conheço ninguém que atirou com uma GX4 e não saiu impressionado, e a GX4 Carry talvez seja uma pistola ainda melhor do que essa.

Taurus Gx4 Carry TORO
Tipo : Atacante disparado, operado por recuo, semiautomático
Cartucho : 9mm
Capacidade : 15+1 rds.
Cano : 3,7 pol., torção de 1:10 pol., aço inoxidável, acabamento DLC
Comprimento total : 6,56 pol.
Largura : 1,08 pol.
Altura : 5,16 pol.
Peso : 1 libra, 5,5 onças.
Acabamento : Nitreto (liga de aço), DLC (aço inoxidável)
Miras : Aço, ponto branco (frente), entalhe (traseira); Glock em cauda de andorinha
Puxar o gatilho : 6 libras. (testado)
Segurança : êmbolo de desconexão do percussor, alavanca do gatilho, indicador de segurança carregado
Preço sugerido : $ 505
Fabricante : Taurus, 229-515-8464, taurususa.com

WEG-CESTARI fornece solução completa para potencializar eficiência energética na Yara Brasil Fertilizantes


*LRCA Defense Consulting - 21/04/2024

No coração de Paranaguá, a Yara Brasil Fertilizantes S.A., importante player do mercado de fertilizantes no território nacional, contou com a WEG para um fornecimento que redefine a confiabilidade na produção de fertilizantes. Um esforço em conjunto com a Opção Eletromotores, importante parceiro em eficiência energética da WEG, que conduziu o projeto para entregar motorredutores, elevando a produtividade e reduzindo custos.

A empresa recebeu 10 conjuntos motorredutores WCG20 da WEG-CESTARI que contam com motores da linha W22 IR3 WEG distribuídos estrategicamente em diferentes linhas de produção. Esses conjuntos desempenham papéis fundamentais na operação diária da empresa: dois conjuntos atuam na linha de produção de mistura dos compostos; quatro estão nas ensacadoras e outros quatro nas correias transportadoras.

Essa mudança não é apenas uma simples atualização, mas sim uma evolução tecnológica significativa. A substituição dos motores antigos IR1 por motores de alta eficiência W22 IR3 e a transição dos redutores para a linha WCG20 representam uma melhoria substancial em termos de rendimento, durabilidade e eficiência energética, resultando em 15% de economia comprovada.

Notável ganho na eficiência da produção

A linha WCG20 da WEG-CESTARI, com torques entre 50 e 18000 Nm, em conjunto aos motores de alta eficiência da linha W22 IR3 Premium da WEG, oferecem menor necessidade de manutenção e maior confiabilidade operacional. Isso implica uma redução considerável nas paradas para manutenção, impactando positivamente a produtividade da Yara.

O projeto destaca-se pela inovação e pelo compromisso que a WEG e a Opção Eletromotores têm em parcerias de eficiência energética, pois esse fornecimento é um passo significativo em direção à sustentabilidade, onde a Yara Fertilizantes demonstra seu compromisso com a excelência, o uso eficiente de recursos naturais e o aprimoramento contínuo, enquanto a WEG reforça seu papel como líder em soluções energéticas eficientes.

20 abril, 2024

Os F-16 argentinos podem agilizar a decisão brasileira sobre defesa antiaérea de média altitude


*LRCA Defense Consulting - 20/04/2024

Em 16 de abril, a Argentina assinou um acordo de aquisição, para sua força aérea, de 24 caças-bombardeiros de alto desempenho General Dynamics F-16 Fighting Falcon Block 15 usados, que estavam em operação na Força Aérea Real Dinamarquesa. O Ministério da Defesa da Argentina disse, num comunicado, que os F-16 dinamarqueses, “modernizados e equipados com a melhor tecnologia”, formariam “a espinha dorsal do sistema de defesa aérea da Argentina”.

O F-16 "Viper" (como é conhecido entre os seus pilotos) é um jato de combate multifuncional desenvolvido pelos Estados Unidos e adotado por 26 países em todo o mundo, entre outros. Projetado principalmente para uma variedade de missões, desde ataque ao solo até defesa aérea, a aeronave é conhecida por sua versatilidade e capacidade de operar em diferentes contextos de combate , contando com alta poder de fogo. 

A aeronave tem diversas variantes: os F-16A, F-16C e F-16E são monopostos, enquanto os F-16B, F-16D e F-16F podem acomodar dois tripulantes, facilitando assim missões que exigem um copiloto para gerenciamento de sistemas complexos de armas ou treinamento de voo. Desde o seu primeiro voo, em 02 de fevereiro de 1974, mais de 4.500 unidades foram construídas e atualmente está em serviço em 26 países em todo o mundo.

O F-16 foi projetado com uma configuração de asa alta e uma fuselagem que permite vários pontos rígidos. Ele pode transportar uma carga útil substancial, distribuída por nove pontos externos, incluindo estações sob as asas e fuselagem. Esta configuração permite transportar várias combinações de armamentos e cápsulas para missões específicas, aumentando assim a sua capacidade de cumprir múltiplas funções numa única surtida.

A Block 15, versão produzida em maior quantidade, introduziu novos estabilizadores, 30% maiores, bem como adicionou mais dois pontos de fixação para armamento (5R e 5L), rádios na banda UHF (Have Quick I) mais seguros e melhoria do conforto do piloto otimizando o ar condicionado do cockpit. Na atualização OCU (Operational Capabilities Upgrade programme), para todos os block 15 produzidos após Janeiro de 1988, houve melhoria dos aviônicos e do sistema de controlo de tiro, o radar foi atualizado com uma melhor capacidade de defesa aérea e houve aumento da capacidade estrutural das asas; foi ainda introduzido o motor Pratt & Whitney F100-PW-220E e capacidades para transportar e disparar os mísseis AGM-65 Maverick, AIM-120 AMRAAM (Advanced Medium-Range Air-to-Air Missile) e o míssil antinavio de origem norueguesa AGM-119 Penguim. O peso máximo de descolagem aumentou para 17.010Kg.

Os F-16 argentinos têm também a atualização MLU, modernização de meia-vida aplicada aos F-16 noruegueses, dinamarqueses, holandeses, belgas e portugueses que os colocaram ao nível dos da versão Block 50 da USAF. Passaram ainda pela atualização "Falcon Up", que capacitou a estrutura da fuselagem para atingir um ciclo de vida de 8 000 horas de voo. As atualizações incluíram um novo computador (MMC - Modular Mission Computer) derivado do que equipa o F-22 Raptor, radar AN/APG-66 atualizado para o padrão AN/APG-66(V)2, integração do míssil AIM-120 AMRAAM e do sistema avançado de interrogação de aeronaves (AIFF), Head up display (HUD) no capacete. Foram designados oficialmente F-16AM e F-16BM.

Equipado com uma ampla gama de mísseis ar-solo e ar-ar, bem como pods de navegação e direcionamento e bombas guiadas, o F-16 é capaz de enfrentar uma infinidade de cenários de missão. Entre seus armamentos notáveis ​​estão os mísseis AGM-65 Maverick e AGM-84 Harpoon, projetados para atingir alvos terrestres e marítimos, respectivamente.

O AGM-65 Maverick é especificamente adaptado para ataques precisos em alvos terrestres, utilizando sistemas de orientação por televisão ou infravermelho. Isto permite que o F-16 atinja com sucesso objetos móveis e fixos com alta eficiência. Por outro lado, o AGM-84 Harpoon é um míssil antinavio que emprega um sistema de orientação por radar ativo para rastrear e destruir embarcações inimigas, reforçando a superioridade marítima das forças aéreas.

Para combates ar-ar, o F-16 está equipado com uma variedade de mísseis, incluindo o AIM-120 AMRAAM, o AIM-7 Sparrow e o AIM-9 Sidewinder. Cada míssil desempenha uma função específica, com o AIM-120 AMRAAM oferecendo maior precisão através de seu sistema de orientação por radar ativo, o AIM-7 Sparrow ideal para combates de médio alcance com sua orientação por radar semiativo, e o AIM-9 Sidewinder perfeito para combate aéreo de curto alcance com orientação infravermelha.

Pods de navegação e mira, como o AN/AAQ-13 e AN/AAQ-14 LANTIRN, fornecem recursos avançados de navegação e mira, permitindo que o F-16 opere efetivamente em condições de pouca luz ou baixa visibilidade. Esses pods são essenciais para ataques terrestres de precisão, fornecendo dados precisos de aquisição de alvos.

Além disso, bombas guiadas como a GBU-31 e a GBU-38 JDAM oferecem notável precisão em ataques ao solo através de orientação por GPS. O F-16 pode lançar essas bombas em alvos específicos com grande precisão, minimizando danos colaterais durante as operações de combate.

F-16AM dinamarquês armado com AMRAAM e uma bomba guiada a laser GBU-12

O F-16 também está armado com uma metralhadora Gatling M61A-1 Vulcan de 20 mm e 511 tiros, projetada para combate aéreo. Capaz de disparar em alta velocidade, esta arma é apta para neutralizar rapidamente ameaças aéreas. Sua capacidade de lançar um grande número de projéteis em um curto espaço de tempo o torna um recurso valioso para combates de curta distância. Empregada pela primeira vez durante a Guerra do Vietnã na década de 1960, esta metralhadora ganhou fama por sua eficácia contra aeronaves MiG inimigas em combate aéreo.

Com uma velocidade máxima de Mach 2.05 (2,05 vezes a velocidade do som ou cerca de 2.531 km/h), autonomia máxima de 4.215 km e teto máximo de 15.239 metros, os F-16 argentinos são uma arma aérea formidável, com capacidades suficientes para modificar o cenário aéreo das forças armadas da maioria dos países da América do Sul.

Defesa antiaérea brasileira: uma situação muito preocupante
Conforme já escrito por esta Consultoria em matéria anterior, em termos de Artilharia Antiaérea, a situação do Brasil é, para dizer o mínimo, muito preocupante, pois as Forças Armadas nacionais não possuem nenhuma arma terrestre ou naval que possa fazer frente a ameaças aéreas que operem em média altitude (entre 3.000 e 15.000 metros) ou mais, o que significa que todo o trabalho teria que ser feito pelos caças Gripen e F5. Apenas como ilustração relativa à América do Sul, os caças Sukhoi 30 e F16 venezuelanos, os F16 chilenos, os recém-adquiridos F16 argentinos e até os IAI Kfir colombianos têm teto de emprego superior a 15.000 metros de altitude. 

Embraer C-390 X Akash SAM
Assim, a informação divulgada recentemente pelo Comandante do Exército Brasileiro, de que Índia e Brasil estão considerando um acordo governo a governo na modalidade quid pro quo (expressão latina que significa "tomar uma coisa por outra"), onde a Índia compraria a aeronave multimissão Embraer C-390 Millennium em troca de o Brasil adquirir algumas baterias do sistema de mísseis antiaéreos Akash SAM, assume uma importância estratégica para o País, pelo menos enquanto a indústria brasileira de defesa não tiver condições de desenvolver uma arma similar. 

Akash SAM
De maneira simplificada, o Akash é um sistema de mísseis superfície-ar (SAM) de curto alcance para proteger áreas e pontos vulneráveis ​​​​de ataques aéreos. O Akash Weapon System (AWS) pode atacar simultaneamente vários alvos no modo de grupo ou no modo autônomo, possuindo recursos integrados de contramedidas eletrônicas (ECCM). Todo o sistema de armas está configurado em plataformas móveis, possibilitando grande flexibilidade operacional. Sua faixa de operação (alcance geral) é de 4,5 km a 25/30 km e a altitude de operação é de 100 m até 20 km. Caso o Brasil opte pelo Akash-NG (New Generation), seu alcance aumentará para 70/80 km.

Em 17 de dezembro de 2023, durante um exercício Astraskati, a Força Aérea Indiana disparou, ao mesmo tempo, quatro mísseis de dois lançadores Akash de uma única unidade de disparo, neutralizando quatro UAVs simultaneamente, usando orientação de comando. Todos os alvos foram detectados e abatidos no alcance máximo de 30 km. Isso marca o sistema Akash como o primeiro sistema do mundo a rastrear e destruir com sucesso quatro alvos usando uma única unidade de disparo sob orientação de comando.

Decisão brasileira
Em virtude do cenário que passará a existir a partir de 2025, quando deverão chegar os novos caças-bombardeiros argentinos, mesmo que considerando os tradicionais laços de amizade que unem os dois países, a análise geopolítica pode recomendar que o Brasil agilize a decisão (tomada muito antes desse fato, por ser fundamentalmente necessária) de adquirir baterias de mísseis antiaéreos de média altitude.

*Com informações de Army Recognition e de outras fontes.
 

Embraer saúda o Exército com imagem do radar SABER M200. Apenas uma icônica homenagem?

Radar Embraer SABER M200 em imagem editada (imagem original em https://lkdin.io/4HLb)

*LRCA Defense Consulting - 20/04/2024

Ao saudar o Exército Brasileiro pelo transcurso do seu dia - 19 de abril, a Embraer - 3ª mais fabricante de aeronaves civis do mundo, bem como das aeronaves militares C-390 Millennium e A-29 Super Tucano - resolveu utilizar a imagem do Radar SABER M200 Vigilante, a mais recente tecnologia de uso militar desenvolvida pela gigante aeroespacial brasileira.

Evidentemente, trata-se de uma imagem bastante apropriada, pois mostra dois militares do Exército operando o radar que está montado em uma viatura, ambos na cor verde-oliva tradicional da Força Terrestre.

No entanto, a Embraer costuma usar com maestria as técnicas da semiótica nas imagens que divulga em suas mídias, eventualmente as aproveitando para difundir um momento especial da empresa.

Não custa lembrar que, quando da operação do equipamento em Parintins (AM), em meados de 2023, a imprensa da República Tcheca e a da Áustria  repercutiram o fato de forma muito positiva, gerando especulações sobre um possível interesse desses países no equipamento. 

Com relação à Áustria, a Embraer acabou de firmar um outro memorando de entendimento, desta vez com a AICAT (Austrian Industrial Cooperation & Aviation Technology), plataforma de cooperação industrial dentro da Câmara de Comércio Austríaca (WKÖ), para cooperação mais estreita com empresas desse país.

Além disso, de 15 a 18 deste mês, ocorreu também o Diálogo das Indústrias de Defesa Brasil-Áustria onde, entre os principais pontos abordados, esteve a futura aquisição do KC-390 Millennium pela Áustria. Foram realizadas reuniões no Ministério da Defesa e visita à linha de produção de aeronaves na unidade da Embraer, em Gavião Peixoto, e também à sede da corporação, em São José dos Campos, no interior de São Paulo. A iniciativa, intermediada pelo MD e pela Advantage Austria, contou com a participação de 11 empresas austríacas, representantes do governo austríaco e empresas associadas ao Cluster Aeroespacial & Defesa Brasileiro. Durante o encontro, foram realizadas mais de 60 reuniões entre as empresas participantes, proporcionando o desenvolvimento de novos negócios, a troca de experiências e possíveis parcerias entre os participantes.

Ainda sobre o interesse estrangeiro em radares, no final de dezembro de 2023 uma delegação do Ministério da Defesa da Arábia Saudita conheceu as capacidades industriais e de engenharia em radares da Embraer Defesa & Segurança e participou de uma demonstração do Radar Saber M200 Vigilante, na área da 11ª Brigada de Infantaria Mecanizada do Exército Brasileiro. Os sauditas acompanharam, ainda, uma demonstração do Radar Sentir M20 no Comando Militar do Oeste, em Campo Grande (MS).

Assim, fica uma interrogação no ar: além da óbvia e bela homenagem, a imagem pode também estar embutindo uma mensagem subliminar referente ao radar SABER M200?

 

Radar SABER M200 Vigilante
O radar SABER M200 Vigilante é um sensor de médio alcance para vigilância aérea e aplicações de alerta precoce. Utilizando técnicas avançadas de processamento, é capaz de detectar e rastrear posições e trajetórias, bem como classificar alvos detectados. Possui sistema integrado de geração de energia que garante operação autônoma por até 48 horas e é de fácil transporte por plataformas terrestres e aéreas.

A Embraer e o Exército Brasileiro concluíram com sucesso o primeiro teste do radar M200 Vigilante, incluindo a implantação do equipamento na aeronave KC-390 da Força Aérea Brasileira (FAB). A operação do radar foi realizada no Aeroporto Júlio Belém, localizado em Parintins, durante os meses de junho e julho. A Prefeitura de Parintins, o Aeroporto Júlio Belém e o Aeroporto Internacional de Viracopos também apoiaram a iniciativa.

Radar M200 Vigilante, transportado pela primeira vez em um KC-390 da FAB

“O festival proporcionou a oportunidade de testar o desempenho do M200 Vigilante num ambiente difícil. A implantação conjunta da Embraer com o Exército demonstrou a versatilidade, flexibilidade, precisão e robustez do equipamento em sua primeira implantação. Estamos muito satisfeitos com os resultados, que representam um passo importante para o uso operacional efetivo e futuro em benefício das forças armadas no Brasil e no exterior”, afirmou Bosco da Costa Junior, Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança na época.

Na foto inicial que ilustra esta matéria, a plataforma está montada sobre um caminhão Volkswagen Constellation 6×6 militarizado, possibilitando ao equipamento grande mobilidade operacional.

 


 

 

19 abril, 2024

Embraer registra maior carteira de pedidos dos últimos 7 anos e aumento de 67% nas entregas no 1T24


*LRCA Defense Consulting - 19/04/2024

A Embraer entregou 25 jatos no 1T24, um aumento de 67% em relação ao 1T23, quando foram registradas 15 aeronaves. A Aviação Executiva apresentou um crescimento robusto de entregas, saltando de 8 para 18 jatos durante o período. Esse número de entregas representou o melhor primeiro trimestre da unidade em oito anos, e mais do que dobrou em relação ao mesmo período do ano anterior. Na Aviação Comercial, por sua vez, as entregas ficaram estáveis em 7 aeronaves. 

A Embraer entregou 12% do total de aeronaves previstas no ponto médio do guidance para 2024, tanto para a Aviação Executiva quanto para a Aviação Comercial (25 de 206). A companhia desenvolveu e está implementando um plano para mitigar a sazonalidade do seu negócio. O plano, chamado de Production Leveling (Nivelamento de Produção), tem o objetivo de consolidar um ritmo constante de produção ao longo do ano, no médio prazo.

A carteira de pedidos da empresa aumentou US$2,4 bilhões, chegando aos US$21,1 bilhões no 1T24. Isso representa um aumento de 13% na comparação com os US$18,7 bilhões do 4T23. O maior aumento ocorreu na Aviação Comercial (US$ 2,3 bilhões ou 26%), enquanto o menor foi em Defesa & Segurança (-US$ 0,1 bilhão ou -4%). 

A Aviação Executiva manteve o forte desempenho de vendas com alta demanda por todo o seu portfólio e grande aceitação tanto por parte de clientes de varejo como operadores de frotas. O número de entregas aumentou 83% em relação ao ano anterior no segmento de jatos leves e mais do que triplicou no segmento de jatos médios em comparação com o 1T23. Assim, a Aviação Executiva encerrou o período com uma carteira de pedidos de US$ 4,6 bilhões no 1T24, com um aumento de US$ 300 milhões em relação ao trimestre anterior. 

Em Defesa & Segurança, o primeiro C-390 Millennium da Força Aérea Húngara completou com sucesso seu voo inaugural. A aeronave está passando agora por uma campanha de testes de integração de sistemas de missão, antes de sua entrada em serviço. Outro marco importante no trimestre foi o primeiro Embraer Defense Day nos Estados Unidos; um evento durante o qual o C-390 Millennium e o A-29 Super Tucano foram apresentados a autoridades governamentais, oficiais militares, clientes potenciais e parceiros, em nossas instalações em Melbourne, Flórida. A seleção do C-390 por países das regiões EMEA e Ásia-Pacífico ainda não foi incorporada à carteira de pedidos, o que representa uma fonte significativa de potencial crescimento para os próximos trimestres. A carteira de pedidos de Defesa & Segurança foi de US$ 2,4 bilhões (-4% na comparação trimestral) no 1T24. 

A unidade de Serviços & Suporte continua a ser um dos principais drivers do crescimento da Embraer por meio de uma combinação de excelência operacional, experiência do cliente e soluções inovadoras. A carteira de pedidos da Embraer Serviços & Suporte encerrou o período em US$ 3,1 bilhões no 1T24, valor estável em relação ao trimestre anterior. 

A Aviação Comercial registrou uma carteira de pedidos de US$ 11,1 bilhões, ou US$ 2,3 bilhões mais em relação ao 4T23.O destaque do trimestre foi o acordo com a American Airlines para 90 E175s, com direitos de compra para outros 43 jatos adicionais. O pedido da companhia aérea tem o objetivo de atender à demanda doméstica nos Estados Unidos. Além disso, a Embraer entregou um E195-E2 para a Azorra, que voará sob a bandeira da Royal Jordanian.

Exército pretende adquirir até 420 viaturas Iveco 4x4 Guaicurus


*LRCA Defense Consulting - 19/04/2024

Em 17 de abril de 2024, no Quartel General do Exército, o General de Exército Fernando José Sant’ana Soares e Silva, Chefe do Estado-Maior do Exército (EME), e Humberto Marchioni Spinetti, Presidente da Iveco Defense Vehicle Latin America (IDV), assinaram Protocolos de Intenções relativos à diversificação e ampliação do portfólio de viaturas blindadas produzidas por aquela empresa, em prol da Força Terrestre.

Os acordos firmados têm por objetivo equalizar as aquisições da VBTP MSR 6x6 Guarani, cuja gestão é encargo do Comando Logístico, bem como formalizar os entendimentos sobre a aquisição de até 420 unidades da VLMT 4x4 Guaicurus, cujo contrato, em fase de elaboração, está sob responsabilidade do Departamento de Ciência e Tecnologia, por meio da Diretoria de Fabricação.

VLMT 4x4 Guaicurus (Foto: RP / 14 RCMec / WH Comunicações)

As aquisições destas viaturas estão inseridas no escopo do Programa Estratégico do Exército Forças Blindadas (PEE F Bld), que tem por finalidade modernizar as tropas mecanizadas e blindadas da Força, dotando-as com meios modernos, capazes de proporcionar mobilidade, ação de choque, proteção blindada e poder de fogo. 

A cerimônia contou com a presença de oficiais generais do Alto Comando do Exército (ACE) e do EME.

Forças Armadas Austríacas: próximo passo para a aquisição do Embraer C-390


*Militär Aktuell - 19/04/2024

Como é sabido, o Exército Federal quer substituir seus antigos aviões de transporte Hércules por novos aviões C-390M da fabricante brasileira Embraer. Tal como anunciou o Ministério da Defesa austríaco, foi agora assinado um Memorando de Entendimento (MoU) com o Ministério da Defesa holandês para a aquisição conjunta de aeronaves de transporte. A Embraer também anunciou a assinatura de outro memorando de entendimento com a AICAT (Austrian Industrial Cooperation & Aviation Technology), plataforma de cooperação industrial dentro da Câmara de Comércio Austríaca (WKÖ), para cooperação mais estreita com empresas austríacas.

De acordo com o BMLV (Ministério Federal da Defesa), o acordo de princípios de 39 páginas entre a Áustria e os Países Baixos estipula a necessidade urgente de substituir a aeronave de transporte C-130, bem como aquisições conjuntas e efeitos de sinergia nas áreas de formação e manutenção.

Tal como inicialmente previsto, os Países Baixos estão a adquirir um total de nove aeronaves de transporte, quatro das quais se destinam às forças armadas. A Holanda assume o papel de parceiro contratual. Com a assinatura do memorando de entendimento, as negociações e discussões contratuais para a Áustria podem agora ser finalizadas. Após a assinatura do contrato, os primeiros aviões poderão pousar na Áustria já em 2027

MoU entre AICAT e Embraer
O MoU celebrado entre Embraer e AICAT visa explorar oportunidades de pesquisa conjunta, desenvolvimento tecnológico e possíveis contribuições de empresas austríacas para a cadeia de fornecimento dos programas de aeronaves da Embraer.

“Uma colaboração mais intensa com a Embraer seria uma grande oportunidade para a AICAT. Tanto o setor de aviação austríaco e suas operações, bem como a Embraer, poderiam se beneficiar de uma colaboração estruturada em benefício de ambas as partes”, disse Reinhard Marak, CEO da AICAT.

“A Embraer e a Áustria estabelecem há muito tempo um relacionamento de longo prazo, e esta parceria avança ainda mais com o novo MoU”, disse Marcio Monteiro, Vice-Presidente de Inteligência de Mercado da Embraer Defesa & Segurança. “Gostaríamos de agradecer à AICAT, às empresas e aos representantes do governo austríaco por este importante passo na nossa parceria.”

O anúncio ocorreu na sede da Embraer, em São José dos Campos. Após a cerimônia, representantes das empresas aeroespaciais austríacas e do governo austríaco tiveram a oportunidade de se reunir com especialistas da Embraer de diversas áreas tecnológicas para explorar oportunidades de colaboração.

18 abril, 2024

Akaer é primeira empresa brasileira do setor aeroespacial a obter o status de Fornecedora Global de Nível 1 (Tier 1)


*LRCA Defense Consulting - 18/04/2024

A Akaer alcançou um marco histórico ao se tornar a primeira empresa brasileira do setor aeroespacial a obter o status de Fornecedora Global de Nível 1 (Tier 1).

Essa qualificação foi conquistada por meio de um contrato inovador com a fabricante alemão Deutsche Aircraft para o desenvolvimento da aeronave sustentável D328eco. A Akaer será responsável pela fabricação da fuselagem dianteira da aeronave, um componente vital que será produzido em São José dos Campos (SP).

Esta importante conquista é resultado de muito trabalho. Desde sua fundação, há 32 anos, a Akaer vem se preparando continuamente para esse momento. O compromisso da empresa com a excelência tem sido a força motriz por trás de sua ascensão – um caminho marcado por resiliência, ousadia, visão estratégica e compromisso permanente com a inovação.

Esse trabalho foi impulsionado pelo apoio decisivo da FINEP (a agência pública de financiamento vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação), por meio do programa Inova Aerodefesa, que envolveu também o BNDES, o Ministério da Defesa e a Agência Espacial Brasileira (AEB). Com o suporte do programa, a Akaer desenvolveu, a partir de 2016, ações para aumento da produtividade, redução de custos, gestão de projetos e expansão de portfólio, com implantação de novas metodologias e processos e modernização de sua unidade produtiva, tendo como foco o fortalecimento de competências para o futuro da indústria.

As sementes plantadas durante esse projeto floresceram nas robustas capacidades que definem a Akaer atualmente.

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